Após 6 meses a prepararmos a ligação em BTT entre o Minho e o cabo de Finisterra (Espanha) e em vésperas da partida para uma das nossas maiores aventuras, acontece o inesperado… O nosso condutor de carro de apoio fica impossibilitado de nos acompanhar por motivos de saúde.
(Vista do forte de Valença sobre Tui)
Dia 2
Para o segundo dia atravessámos a fronteira e dirigimo-nos até Padrón na província da Corunha. Segundo a lenda, Padrón é o local em que aportou a barca que transportou os restos mortais do apóstolo Santiago desde o médio oriente até à Península Ibérica.
(Igreja de Santiago - Padrón)
Este percurso de 72km de paisagens variadas e ricas em património histórico e em plena harmonia com o espaço natural envolvente, teve início junto à ponte romana e o antigo porto fluvial e passagem pelas margens do rio Sar, pelo parque natural do rio Ulla, e pelas localidades de Torres de Oeste (onde existem ainda ruínas das antigas torres de defesa militar), Catoira, Dimo, Coaxe e Sete Curos .
(Torres do Oeste - Catoira)
(Ponte Romana - Padrón)
Dia 3
Para o 3º dia planeamos a passagem por Santiago de Compostela, onde avançamos por pequenas e típicas ruas com todo o seu esplendor histórico. Já nesta tarde esta foi também a zona de menos interesse para quem gosta de puro BTT, estradões largos e muito asfalto e ainda a chuva que se fazia sentir não permitia muitas alternativas. Este dia foi o de percurso mais reduzido, apenas
(Igreja de Santiaguino - Vedra)
Dia 4
A noite que ficara para trás deixava-nos adivinhar o que nos esperava neste 4º dia: chuva intensa, descida de temperatura e algum vento forte. Previsões nada agradáveis… Decididos a levar a cabo a aventura à qual nos tínhamos proposto partimos rumo a Finisterra e a costa da Morte, na zona mais ocidental da Galiza e das águas bravas do mar. Este foi durante muitos anos o fim da terra conhecida e um espaço mítico, simbólico e cheio de crenças.
Partimos para esta última etápa e decidimos seguir primeiro a rota até Muxía e daí até Finisterra. Um engano na rota fez-nos andar cerca de 20km perdidos e debaixo de um temporal em que as baixas temperaturas quase nos obrigaram a desistir do objectivo. No entanto, com muita persistência e tudo mais que desconhecíamos ter, prosseguimos a rota com passagem por Olveiroa, um pequeno núcleo rural com belos conjuntos de espigueiros destinados à conservação dos produtos do campo, e avançámos entre aldeias, campos de cultivo, bosques, e com a presença do mar e praias agrestes. Uma paisagem espectacular, onde o campo contracena com o mar.
(Olveiroa)
(Um dos maiores espigueiros da Galiza)
A chegada a Muxía foi por um single track algo perigoso que devido às condições climatéricas e ao piso escorregadio muito rápido a descer foi exuberante e já com vista sobre o mar.
(Muxía)
A partir daqui o percurso prosseguiu por caminhos empedrados do velho caminho real e por formações rochosas até Finisterra onde completamos a 4ºetapa com 107km e onde o contabilizámos 310km no total dos 4 dias de aventura.
. Passeios Pedestres Realizados/Arquivos
. Fomos Notícia
. Solidariedade
. Metereologia
. Previsão metereológica para Leiria (clicar para visualizar)
. Links úteis:
. Federação Portuguesa Montanhismo Escalada
. Retiro da Avó Lídia